segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Bruxismo nocturno


Conhecido também como bruxismo durante o sono  é uma parassonia caracterizada por movimentos involuntários e estereotipados com ranger dos dentes durante o sono. 

A prevalência é igual nos dois sexos, variando de 3% a 20% na população geral, sendo mais comum nos jovens. 

O bruxismo nocturno ou bruxismo durante o sono secundário é causado por transtornos neurológicos ou pode estar associado a transtornos primários do sono e antidepressivos inibidores seletivos da recaptação da serotonina. Já o bruxismo do sono primário apresenta fatores de predisposição genética ou psicológica, má oclusão dentária, disfunção leve dos gânglios da base e combinações desses fatores. 

Os principais sinais e sintomas  incluem o ruído característico de ranger dos dentes, desgaste dentário, dor local, hipertrofia dos músculos masseteres e temporais, cefaléias, disfunção da articulação temporomandibular, sono de má qualidade e sonolência diurna.


O diagnóstico clínico  é feito por meio da história do paciente, do cônjuge e do exame odontológico. A polissonografia documenta a presença de episódios de ranger dos dentes, permitindo identificar alterações da arquitetura do sono, presença de microdespertares, abalos mioclônicos de membros inferiores, roncos e distúrbios respiratórios 
sonodependentes. 


O tratamento deve ser direcionado para os fatores etiológicos com base no bruxismo do sono secundário. Não existe tratamento-padrão para o bruxismo durante o sono primário, devendo este ser individualizado ao paciente. O tratamento odontológico do bruxismo primário e secundário com placas de repouso tem como objetivo prevenir danos das estruturas orofaciais e aliviar dor craniofacial. 


O tratamento comportamental inclui técnicas de relaxamento, abstinência de cafeína e tabaco. 

O tratamento farmacológico do bruxismo durante o sono primário e secundário emprega drogas agonistas dopaminérgicas, benzodiazepínicos ansiolíticos, buspirona, hipnóticos não-benzodiazepínicos, como o zolpidem, relaxantes musculares, certos antidepressivos, como mirtazapina, nefazodona, trazodona, bupopriona e drogas antiepilépticas, como a gabapentina.(Fonte: Dr. Mauricio Ferrufino Sequeiros)


 Aplicações locais de toxina botulínica nos músculos masseteres e temporais podem ser utilizadas em casos de bruxismo intenso não-responsivo à terapêutica convencional.


Vídeo didático que explica o que é o bruxismo  (Fonte: Clínica Poorto Ortodontía)




Vídeo do programa Bem Estar onde foram convidados dentistas especialistas explicando as dores e estalos na boca que podem ser sinal de disfunção na articulação - Bruxismo



domingo, 30 de agosto de 2015

Que é a Xerostomia ou boca seca?


A xerostomia é a sensação subjectiva de boca seca, consequente ou não da diminuição da função das glândulas salivares, com alterações da qualidade da saliva. É um sintoma frequente em doentes em cuidados paliativos e a sua prevalência é referida como de 60 a 88% na doença oncológica progressiva e avançada.

A xerostomia tem consequências físicas mas, também, psicológicas e sociais. A saliva desempenha um papel importante na manutenção das condições fisiológicas normais dos tecidos da boca. Para além de humidificar os tecidos da cavidade oral, a propriedade lubrificante da saliva auxilia a formação e deglutição do bolo alimentar, facilita a fonética e previne danos dos tecidos causados quer por agentes mecânicos quer por microorganismos nocivos.

A xerostomia resulta de três causas básicas:

·         - Factores que afectam o centro salivar
·         - Factores que alteram a estimulação autonómica
·         - Alterações da função das próprias glândulas.

Diagnóstico

É fundamentalmente clínico. Deve-se avaliar pormenorizadamente o estado da boca e a situação funcional real podendo empregar-se métodos quantitativos para determinar a secreção salivar em repouso ou por estimulação quando a situação o justificar.

Tratamento

Deve orientar-se pelo conhecimento da etiologia e repercussões que a secura da boca têm na perda de conforto e qualidade de vida do doente. Assim, devemos controlar o uso de medicamentos xerogénicos, tratar a doença de base, se tal for possível, e se contribuir para a xerostomia, promover a hidratação e tomar medidas para o controlo sintomático.

O tratamento sintomático divide-se em três áreas de actuação: aumentar a produção de saliva por estimulação mecânica, gustativa ou farmacológica; usar substitutos da saliva - quando não for possível a sua estimulação - e acções de promoção da saúde oral. A estimulação mecânica da secreção de saliva é feita com recurso a gomas de mascar. A estimulação gustativa é feita, por exemplo, ao chupar pastilhas de Vitamina C. A pilocarpina é o medicamento de que dispomos para estimular a secreção de saliva. Deve também aconselhar-se uma dieta mole, devendo evitar-se alimentos muito duros ou secos e o uso de tabaco e bebidas alcoólicas.

É importante que os técnicos de saúde ensinem aos doentes com xerostomia a melhor maneira de obter alívio, as medidas a tomar para prevenirem as complicações que poderão vir a comprometer seriamente a sua qualidade de vida.

A queixa de boca seca ou xerostomía é uma queixa comum e pode causar um grande desconforto. Quem sofre com o problema relata dificuldade de falar, de engolir e até mesmo de sentir o gosto dos alimentos e, em casos mais raros e severos, ardência bucal e gosto amargo constante. Ou seja, esta situação afeta a qualidade de vida das pessoas.
( Fonte: Dr. Mauricio Ferrufino Sequeiros )



sábado, 29 de agosto de 2015

Cimento hidóxido de cálcio




A principal caracterísitica do cimento hidróxido de cálcio consiste em estimular a deposição de dentina,  participando processo reparador e da proteção do complexo dentina-polpa auxiliado na formação de dentina reparadora. Esse cimento possui baixos valores de propriedades mecánicas como elasticidade, resistencia a compressão e tração , o que restringe seu uso basicamente a forramento cavitários em áreas que não suportem força oclusais excessivas.

Forma de apresentação

O hidróxido de cálcio, por sua ação, terapéutica, pode se apresentar na forma de pó, solução, suspensão, pasta única (pó agregado a um veículo) ou em um sistema pasta/pasta (cimento de hidróxido de cálcio). Este último,o mais utilizado atualmente, é encontrado em pastas base e catalisadora que, quando misturadas tomam presa rapidamente.

Composição química - pasta/pasta

Pasta base

  • Tungstato de cálcio
  • Fosfato de cálcio tribásico
  • Óxido de zinco em zalicilato de glicol
Pasta catalisadora

  • Hidróxido de cálcio 
  • Óxido de zinco
  • Estearato de zinco em sulfonamida de etileno tolueno
Manipulação

O cimento de hidróxido de cálcio é fornecido comercialmente em um sistema de duas pastas de cores diferentes, a pasta-base e a pasta catalisadora. Ambas devem ser dispensadas em quantidades iguais sobre uma placa de vidro ou bloco de papel impermeável descartável. 

Para a manipulação/mistura, utiliza-se uma espátula metálica número 72 ou similar. Como o material tem presa rápida,  a mistura deve ser rápida e eficiente para alcançar uma cor uniforme e uma viscocidade adequada para a aplicação.

Características e propriedades

Atividade antimicrobiana: O hidróxido de cálcio possui pH alcalino (pH 12),  e sua atividade antimicrobiana está relacionada a dissociação  iônica em íons hidroxila e íons cálcio. A liberação de íons hidroxila altera as propriedades da membrana citoplasmática bacteriana, incluindo alteração do pH,  prejudicando funções vitais como metabolismo, crescimento e divisáo celular.

Efeito mineralizador: A dissociação de hidróxido de cálcio em íons cálcio ativa enzimas teciduas como a fosfatase alcalina, estimulando a produção de dentina secundária. Além disso, o pH básico do hidróxido de cálcio é levemente irritante para o tecido pulpar vivo, gerando uma necrose superficial das células pulpares em contato com o cimento o próximas a ele. Essa necrose celular faz as células mesenquimais indiferenciadas se diferenciarem em odontoblastoides,  os quais produzirão dentina reparadora e ponte de dentina.

Tempo de presa: Varia entre 2,5 e 5,5 minutos. Os ingredientes responsáveis pela presa são o hidróxido de cálcio e o salicilato.

Radiopacidade: Os materias que promovem a proteção pulpar devem apresentar preferencialmente uma densidade ópticas com radiopacidade maior do que a das estructuras dentárias, permitindo ao profissional visualizar a presença do material forrador durante o exame radiográfico.Para alcançar essa propriedade, são adicionadas à composição do cimento partículas de tungstato de cálcio  ou sulfato de bário.

Isolamento térmico

Possui baixa conductibilidade térmica; porém, como é utilizado em finas camadas para o forramento, essa propriedade não é evidenciada.

Indicações do cimento de hidróxido de cálcio

É indicado para as seguintes aplicações:

  • Capeamento pulpar direto e indireto
  • Pulpotomia
  • Forramento cavitário de cavidade profundas
  • Cimento provisória
* Outros materiais à base de hidróxido de cálcio são utilizados na desinfecção de cavidades (soluções), em curativos temporários (pastas) e como parte da composição de cimentos obturadores e de fixação de próteses provisórias. (Fonte: Dr. Mauricio Ferrufino Sequeiros)

Vídeo que mostra a manipulação Hidroxido de Cálcio




Vídeo explicando o que é o Cimento de hidróxido de cálcio (Fonte: UCB- Dr. Menegazzi)











sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Por que a gengiva sangra?




Você estava escovando os dentes e suas gengivas começaram a sangrar sem motivo aparente? O mesmo aconteceu enquanto passava o fio dental ou mordia uma maçã? O sangramento da gengiva pode ser resultado do atrito excessivo da escova, mas também pode indicar algo mais grave, como uma doença gengival.

Vale ressaltar que apenas um dentista pode diagnosticar a causa das lesões e, desta forma, promover o tratamento adequado.



Na última década a comunidade médico-odontológica passou a considerar, novamente, a possibilidade de infecções locais agravarem doenças sistêmicas, uma vez que os conceitos de infecção estritamente local também foram sendo descartados e o corpo humano passou a ser entendido como uma unidade biodinâmica, na qual cada célula, tecido, orgão ou aparelho depende do bom funcionamento dos outros para sua manutenção viva e funcional e para isso estão de alguma maneira interligados. 

O sangramento gengival normalmente caracteriza doenças nas estruturas de proteção e suporte dos dentes, chamadas gengivite e periodontite.
A gengivite é uma doença inflamatória e infecciosa da gengiva, causada pela placa bacteriana, caracterizada por sangramento gengival espontâneo ou não (durante o uso de fio dental, escova de dente, etc), inchaço, vermelhidão, alteração do contorno gengival além da mudança de textura e consistência. Esses sinais e sintomas podem vir em conjunto ou não.

A periodontite, normalmente, tem as mesmas características da gengivite, porém já existe a absorção do osso alveolar, contaminação do cemento e destruição dos ligamentos periodontais, estruturas que sustentam os dentes na maxila ou mandíbula, resultando no amolecimento dos dentes e em sua mudança de posição na boca, terminando com a perda dental.



Tanto a gengivite como a periodontite, por se tratarem de doenças crônicas, costumam ter um curso longo com baixa intensidade, o que as torna indolores e conseqüentemente faz as pessoas adiarem seu tratamento até que, em meados dos 40 - 45 anos de idade, seus dentes passam a ter uma grande mobilidade, o que faz com que o paciente procure um cirurgião dentista, especialista em periodontia, que, muitas vezes, se vê obrigado a condenar alguns de seus dentes, pois o estado avançado da periodontite não nos permite mais nenhum tipo de terapêutica.

Além da perda dos dentes, algumas das bactérias que causam a periodontite e suas toxinas têm a capacidade de atingir a corrente sanguínea e agravar algumas doenças já existentes dos pacientes, como algumas doenças do coração, instalando-se em placas de gordura no interior dos vasos sanguineos (ateromas) e em válvulas do coração com defeito, por exemplo, causando uma complicação chamada endocardite bacteriana, o que complicaria sua saúde ainda mais, podendo levar o indivíduo ao óbito.

Outra interação existente ocorre em diabéticos, em que pesquisas comprovam que indivíduos com periodontite ativa não conseguem controlar de maneira satisfatória sua taxa de glicemia, e que o controle da periodontite em pacientes diabéticos também é mais complicado.

O parto prematuro de bebês com baixo peso (menos de 2.500g e antes da 36 semana gestacional), uma vez que os níveis de certas toxinas produzidas pelas bactérias ou pelo nosso próprio organismo têm sido encontradas, em alta concentração, no líquido amniótico(dentro da placenta) de pacientes com periodontite ativa, em trabalho de parto.Estimativas sugerem que 18,2% de todos os nascimentos de bebês com baixo peso podem ser atribuídos à doença periodontal.Muitas dessas crianças, quando não sofrem morte fetal ou neo-natal, carregam seqüelas neurológicas e motoras.

Há ainda, a doença pulmonar obstrutiva crônica, que também pode levar o indivíduo ao óbito. Causada pela aspiração de bactérias causadoras de doença periodontal, a doença pulmonar obstrutiva crônica ocorre normalmente em pacientes com consciência prejudicada (álcool, drogas, epilepsia), desordens crônicas na deglutição e mecanismos de intervenção como tubos de respiração artificial, além de pacientes já portadores de doenças crônicas pulmonares, idade avançada, suprimidos imunológicamente, entre outros.



Diante de todas as evidências científicas existentes, fica claro que a prevenção e tratamento das doenças periodontais poderiam diminuir enormemente as sequelas de doenças do coração, diabetes, partos prematuros de bebês com baixo peso e doenças respiratórias, evitando até algumas mortes, economizar milhares de reais gastos anualmente com a recuperação desses pacientes além de liberar muitos leitos nos hospitais para o tratamento de outras doenças. (Fonte: Dr. Clever Kimura)

Remedios naturais para evitar e diminuir o sangramento gengival

Estas recomendações ou remédios são úteis em casos leves. Caso contrário, se seu problema é sério deve visitar um dentista, desta maneira asseguramos receber uma atenção especializada e resolver da melhor maneira possível nossa doença.
Água morna com sal
Um grande remédio natural para sangramento da gengiva é enxaguar a boca com água morna e sal. Como bem sabemos, as soluções salinas tem efeitos antissépticos, além disso, neste caso ajudam a uma melhor circulação do sangue das gengivas, fazendo com que estas não inflamem e sangrem. Basta enxaguar nossa boca duas vezes por dia misturando água com uma pitada de sal.


Água e peróxido
Outro remédio natural para sangramento da gengiva, que também serve para os dentes soltos, é preparar uma solução de água com algum tipo de peróxido. Neste caso se pode misturar água e peróxido de hidrogênio para enxaguar nossa boca durante 30 segundos. É muito importante não engolir a solução, já que pode ser perigoso para a nossa saúde. O melhor é enxaguar três vezes por semana.


Massagear e escovar as gengivas
Um remédio muito simples e efetivo, que curiosamente muitas pessoas se esquecem de fazer, é escovar e massagear nossas gengivas. Desta maneira, evitaremos que se inflamem e que, em alguns casos, nossos dentes se soltem e assim serão mais resistem. De fato, atualmente existem no mercado escovas de dente que tem massageadores de gengivas integrados, sendo assim muito mais simples cuidá-las. Isso se deve fazer todos os dias, cada vez que lavamos os dentes.

Bicarbonato de sódio

O bicarbonato de sódio é outro remédio natural muito efetivo para que nossas gengivas não sangrem e não se inflamem. Para isso basta misturar um pouco de bicarbonato de sodio com água e aplicar com o dedo ao longo da gengiva. Posteriormente escovar seus dentes como o faz normalmente e enxaguar a sua boca.



Tomilho

O tomilho é um remédio natural muito famoso para evitar os dentes soltos. Há muito tempo que o tomilho mostrou fortalecer e cuidar dos dentes, sendo assim, seu uso para o caso de dentes soltos é muito recomendável. Para isso se pode fazer enxagues misturando água e a raiz do tomilho.



Abacate

Para os dentes soltos outra recomendação ou remédio natural é esfregar as folhas deste fruto por toda a gengiva. Também é possível mastigar para obter melhores resultados. O abacate ajuda a gengiva ser mais forte, fortalecendo os dentes. Além disso, combate as cáries, e outro tipo de doença do dente como a piorreia. ( Fonte: Dr. Mauricio Ferrufino Sequeiros)





Resina Filtek Bulk Fill - Preenchimento em único passo


A empressa 3M ESPE criou a Filtek™ Bulk Fill uma inovadora resina para facilitar o trabalho e tempo dos dentistas no consultorio e a satisfação dos pacientes, usa a mesma tecnologia de Nanopartículas encontrada na resina FiltekTM Z350 XT também da 3M, com mais de 10 anos de pesquisa e uso clínico.



Contribui para:
  • Elevada resistência mecânica;
  • Excelente manuseio e escultura;
  • Melhor resistência ao desgaste;
  • Excelente manutenção de brilho e polimento.


Reduzem a tensão de contração de polimerizacão sem comprometer o desgaste


Indicações:
  • Restaurações diretas em dentes posteriores (incluindo superfícies oclusais);
  • Construção de núcleo de preenchimento;
  • Restaurações indiretas (inlays, onlays e facetas);
  • Restaurações em dentes decíduos;
  • Esplintagem;
  • Base e forramento, sob restaurações diretas;
  • Reparo de defeitos (em restaurações em porcelana, esmalte ou provisórios).
Confira o passo a passo completo de um procedimento restaurador com a Filtek Bulk Fill neste vídeo:



Voltou a comercialização da BISCO Z-Primer Plus no Brasil


Ao nosso ver clínico é o melhor primer para adesão sobre superfície em Zirconias pós ataque triboquímico.
BISCO Z-PRIME Plus é um único componente agente priming usado para melhorar a adesão entre materiais restauradores indiretos e cimentos de resina composta . 

Ele pode ser utilizado como um tratamento de superfície de zircónia e alumina cerâmica de óxido de metal, bem como outros tipos de metais / ligas, compostos e postos endodontia. 

Z-PRIME Plus foi especificamente formulado para proporcionar fortes altas de títulos nos modos auto-cura ou a luz de cura.

Outras caracterísiticas:
  • Resistência de união sem precedentes para Zirconia, Alumina e restaurações metálicas
  • Obrigações quimicamente para zircônia 
  • Compatível com cimentos cimentos fotopolimerizáveis e dupla-curados de resinas
  • Versatilidade e durabilidade com muitos diferentes substratos
  • Conveniente, entrega frasco único oferece facilidade de distribuição
  • Aumenta significativamente a força de união da outra resina cimentos.




quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Resinas compostas - Classificação e características


Indicações
  • Restaurações estéticas de todas as classes;
  • Reparo de restaurações (resina, amalgama e cerâmica);
  • Selante de fóssulas e fissuras;
  • Núcleo de preenchimento;
  • Restaurações indiretas (onlay, inlay);
  • Facetas diretas e indiretas.
Materiais restauradores
  • Aumento de silicato;
  • Resinas acrílicas;
  • Resinas compostas;
Definição
Material composto de dois ou mais materiais diferentes com propriedades superiores ou intermediarias aquelas dos constituintes individuais.
Exemplos:
  • Dentina;
  • Esmalte;
  • Osso;
  • Fibra de vidro;
  • Silano (agente de união);
  • Matriz (orgânica);
  • Sistema (ativador/iniciador);
  • Diluentes;
  • Inibidores;
Composição básica
composiçao resina
Bis-GMA
  • Monômero base;
  • Presente na composição da maioria das resinas compostas;
  • Alto peso molecular (menor alteração/contração);
  • Baixa contração volumétrica;
  • Polimerização mais rápida;
  • Alta viscosidade.
Monômeros diluentes
  • Baixo peso molecular;
  • Menor viscosidade – permite maior incorporação de carga;
  • Maior resistência – grande quantidade de ligações cruzadas.
  • Maior contração de polimerização;
  • Maior sorção de água;
  • Maior quantidade de monômero residual.
EGDMA
TEGDMA
UEDMA
Partículas de carga – reforço da matriz
  • Quartzo – 1 a 50 µm;
  • Vidros de metais pesados (ex.: Li e Ba) – 0,1 a 5 µm;
  • Sílica coloidal – 0,04 µm.
Agente de união (Silano)
  • Molécula bifuncional;
  • Une a carga à matriz.
Classificação das Resinas Compostas
Pelo sistema de ativação:
  • Quimicamente ativados;
  • Fisicamente ativados;
  • Calor;
  • Luz – lâmpada halógena, LED, laser, arco de plasma.
Pelo tamanho da partícula:
  • Macropartículas – tradicionais;
  • Micropartículas;
  • Partículas pequenas;
  • Hibridas;
Macropartículas
  • Primeira geração – década de 60;
  • Quartzo – partículas irregulares de alta dureza (8 a 50 µm);
  • 60 a 65% em volume.
Características:
  • Impolíveis;
  • Desgaste em posteriores;
  • Baixo coeficiente de expansão térmico linear;
  • Menor contração de polímeros;
  • Alta resistência mecânica.

macro
Micropartículas
  • Segunda geração;
  • Sílica coloidal – partículas muito menores (0,04 µm);
  • 30 a 40% em volume de sílica coloidal;
  • Contraindicação – áreas de solicitação mecânica.
Característica:
  • Melhor polimento de resina composta;
  • Alto coeficiente térmico linear;
  • Maior contração de polimerização;
  • Baixa resistência mecânica.
Partículas finas
  • Terceira geração;
  • Vidro de bário, estrôncio e lítio (1 a 5 µm);
  • 60 a 65% em volume de carga.
Características:
  • Políveis;
  • Baixo coeficiente de expansão térmico linear;
  • Alta contração de polimerização;
  • Alta resistência mecânica.
micromoléculas
Híbridas
  • Quarta geração;
  • Vidro de bário, estrôncio e lítio (0,4 a 8 µm) + sílica coloidal (0,04 µm);
  • Ampla distribuição no tamanho de partículas (maior compactação);
  • Porcentagem de carga alta.
Características:
  • Políveis;
  • Baixo CETL;
  • Alta contração de polimerização;
  • Alta resistência mecânica;
  • Uso em posteriores.
hibrida
Microhíbridas
  • 0,2 a 1,5 µm (média de 0,4 µm).
Nanopartículas
  • 1 nanômetro – 1 x 10-3 µm;
  • Presença de nanômeros – partículas isoladas 20 a 75 hm;
  • Nanoclusters – aglomerado de partículas 0,6 a 1,4 µm;
  • 57,7% de carga.
cluster
Classificação das  Resinas Compostas pela consistência
  • Regulares;
  • Compatíveis (alta viscosidade);
  • Fluídos (baixa viscosidade) flow.
Compactáveis
  • Alta viscosidade;
  • Indicados para dentes posteriores;
  • Alto conteúdo de carga;
  • Melhores propriedades mecânicas (resistência);
  • Maior rugosidade superficial (baixo polimento);
  • Difícil manipulação (adaptação na cavidade);
  • Difícil polimento.
Fluído
  • Baixa viscosidade;
  • Menor quantidade de carga;
  • Alteração da matriz resinosa – tipo e conteúdo;
  • Maior quantidade de monômeros diluentes;
  • Modificadores reológicos;
  • Redução do modulo elástico;
  • Alta concentração de polimerização.
Indicações – classe V, selante de fóssulas e fissuras, selamento das margens de restaurações, classe III pequena base de restaurações de resina composta.
Reação polimerização
  • Monômeros se polimerizam por uma reação de adição iniciada por radicais livres, que são gerados por ativação químicas ou física.
reação polimerização
Ativação química
  • Sistema de 2 partes – iniciador e ativador;
  • Tempo de trabalho – curto de 3 a 5 minutos.
ativação química
Ativação física
  • Luz visível;
  • Parte única contida em seringas – maior tempo de trabalho;
  • Controle do operador.
Luz – ativador
Conforoquinina – iniciador
Contração de polimerização
CompostosContração de polimerização
MMA (puro)21%
MMA+pó7%
Bis-GMA5%
Resina composta2 a 3%
conversão monomeros
O que ocorre…
  • Desenvolvimento de tensão nas interfaces dente/restauração;
  • Fenda;
  • Micro infiltração.
Sinais clínicos
  • Descoloração marginal;
  • Recidiva de cárie;
  • Dor e sensibilidade;
  • Fraturas e trincas.
Como contornar
  • União efetiva;
  • Incremental;
  • Forramento com materiais com baixo modelo de elasticidade;
  • Redenção ou modulação da intensidade luminosa.
União efetiva
Sistema de união:
  • Condicionamento;
  • Penetração eficiente;
  • Ausência de falhas.
“Se a resistência de união imposto pelo adesivo for suficiente para suportar as tensões de contração, não haverá formação de fendas”.
Dinâmica da contração
contração livre
erradotécnica incremental
Fator C
fator c
Quanto maior o fator C, maior a tensão de contração.
Técnica de incrementos
  • Redução fator C de cada incremento;
  • Redução de volume do compósito aplicado;
  • Contração de um incremento pode ser compensada pelo incremento seguinte;
  • Redução da contração total da restauração.
Técnicas do fotoativação
Componentes quimicamente atuados
Desvantagem:
  • Tempo de trabalho limitado;
  • Incorporação de poros;
  • Limitados no aspecto estético;
  • Incompatíveis com sistemas adesivos de frasco único.
Compósitos favoráveis
Ativador: luz
Iniciador: canforoquinoma
Co-iniciadores: amina
  • Alteração da velocidade de polimerização;
  • Prolongamento do período visio-elástico;
  • Redução da intensidade luminosa;
  • Modulação de intensidade luminosa.
  • Soft start;
  • Pulse delay;
  • Luz pulsátil.
fotoativação
Fotoativação adequada
  • Fatores (adequados) relacionados ao aparelho.
  • Densidade de potência da luz – > intensidade de luz;
  • Tempo de exposição;
  • Comprimento de onda;
  • Fotoativador do compósito;
Potência = é o n° fotores por segundo emitidos pela fonte de luz.
Unidade de medida – mW(ideal 600mW/cm2);
Leitura do radiômetro
Densidade de potência
densidade
  • Densidade/dose de energia;
  • É a intensidade x tempo;
  • Unidade de medida – J/cm2;
  • Energia que deve ser aplicada ao compósito para ocorrer a polimerização (16 a 24 J/cm2).
Densidade de energia depende de:
1 – Potência do aparelho. (mW);
2 – Área irradiada (cm2);
3 – Tempo de irradiação (s).
Portanto, quanto
  • .. maior concentrado ao redor de 468nm;
  • .. menor for a área irradiada e maior for o tempo de irradiação, maior será o grau de conservasão!
Espectro de emissão
  • A amplitude das faixas de comprimento de ondas emitidas pela fonte de luz;
  • Unidade de medida nm (comprimento de onda);
  • Emissão dentro do espectro de luz visível (400-500nm)
Lâmpada halógena (QTH)
QTH:
  • Filamento metálico incandescente;
  • Luz branca de amplo espectro (300-700nm);
  • Necessidade de filtro (410 – 500nm);
  • Eficiência clinica comprovada.
Precisa de:
  • Fibra ótica para condução da luz;
  • Sistema de refrigeração.
Lâmpada com filamento de tugstênio:
  • Bulbo;
Filtros:
  • Passagem da luz de espectro azul.
Vantagem:
  • Custo;
  • Amplo tempo de uso clinico;
  • Emissão de luz de amplo espectro;
  • Intensidade luminosa.
Desvantagens:
  • Emissão de calor;
  • Degradação do aparelho;
  • Aumento de temperatura na câmara pulpar;
  • Desperdício de energia.
Led – light emitting diode
  • Semi condutores – emissão de luz eletroluminescêcia;
  • Azul – nitrito de gálio;
Luz especifica
  • 410 – 500 nm (coincide com o pico de absorção da conforoquimona);
  • Não necessita filtro;
  • Redução significativa do aquecimento;
  • Baixo consumo de energia.
  • Alta durabilidade – devido a da luz emitida por Leds serem específicos, esses não são capazes de ativar fotoiniciadores alternativos.
3° geração
  • Maio intensidade luminosa;
  • LEDs acessórios permitem emissão de luz em maior espectro de luz;
  • Vida útil longa (10.000hs);
  • Espectro de emissão preciso;
  • Não possui sistema de vent. (menor tamanho/ruído);
  • Não necessitam de sistema de filtros;
  • Menor consumo de energia;
  • Mais resistentes a vibração e choque;
  • Baixa emissão de calor;
  • Alto custo.
Tipos de modulação
  • Convencional (mesma intensidade);
  • Baixa intensidade x maior tempo;
  • Pulso;
  • Rampa (exponencial);
  • Step (degrau).
Moderação x Fotoativação
Ponto gel
  • A resina começa a perder a capacidade de escoamento e não consegue mais compensar a sua contração. ( Fonte: Universidade Positivo)
Vídeo que explica a classificação das Resinas Compostas e características (Fonte:UCB-DF)