sexta-feira, 31 de julho de 2015

O que é a proporção aurea na odontologia estética?


A Proporção Áurea ou Divina representa a mais agradável proporção entre dois segmentos ou duas medidas. É uma procura constante da harmonia e da beleza. Mondrian descobriu o famoso número de ouro e com ele chegou ao “retângulo de ouro”. Esta proporção existe em quase todas as grandes obras da humanidade, no coliseu, na Mona Lisa, na Capela Sistina. Também existe no nosso corpo: nos batimentos cardíacos,nos membros, rosto, sorriso, dentes, etc.

A Proporção Áurea ou Divina é uma fórmula que pode ser utilizada também pelo Cirurgião-Dentista para criar o semelhante do semelhante. A fórmula clássica da Proporção Áurea é a constante que se origina da soma ou da divisão das partes (1,618) e foi denominada número de ouro (0,618).


Há muito tempo, a humanidade cultua e valoriza a beleza e a Odontologia Estética tem se responsabilizado em reestabelecer a harmonia facial, ao mesmo tempo em que trabalha a função mastigatória. Um dos principais componentes da estética facial e do sorriso é a Proporção Áurea com asimetria entre os dentes anteriores.


Uma progressão divina ocorre quando uma distância é perfeita em relação à outra. O incisivo central superior tem uma proporção perfeita de 1,618; bem como o incisivo inferior e a largura total de ambos os incisivos inferiores é perfeita em relação à dos incisivos superiores, sendo assim podemos utilizar o incisivo central inferior (já que é o menor dente da boca) como referência. A largura dos caninos superior estende a ser perfeita em relação à largura dos primeiro molares superiores, desde o planomesial até o sulco vestibular. As proporções perfeitas parecem serunidas do nariz à boca, parecendo haver uma união também do dente com o sorriso.


O tratamento com a reabilitação protética após a perda de dentes, através da recolocação de dentes substitutos, como: coroas, facetas, pontes fixas, pontes móveis, dentaduras, próteses sobre implante, restaurações estéticas diretas ou indiretas podem ser confeccionadas com maior perfeição e exatidão (proporções perfeitas) por meio de um calibrador (espécie de compasso específico para aplicação da Proporção Áurea), conforme a foto.


O formato da arcada e a estrutura facial


 A fotografia de uma bela mulher (ou homem) serve como modelo para uma discussão dos achados faciais. Começando pelas narinas, uma proporção perfeita é observada na comparação da largura de uma narina e das bordas alares com a narina do lado oposto.

Esta progressão continua para a largura da boca, com a largura dos olhos no canto lateral e, finalmente com a largura da cabeça na altura das sobrancelhas. São quatro progressões divinas.

Ao comparar o rosto de deusas gregas construídas pelos grandes artistas da Antigüidade dentro da Proporção Áurea e o rosto da nossa modelo brasileira Gisele Bündchen está evidente que o conceito de beleza perdura por muitos séculos. Em virtude disto, encontramos relações e afirmações sobre a beleza da Gisele Bündchen e o seu sucesso ímpar, graças as suas características físicas perfeitas dentro da Proporção Áurea.

Segundo o Professor José Mondelli a grade em proporção divina permite de modo real planejar e confeccionar a simulação laboratorial em cera e a correspondente confecção final das restaurações (coroas ,facetas laminada e até lentes de contato) em resina composta ou porcelana com máxima precisão conforme a largura proporcional áurea do sorriso, dos segmentos dentários ,do incisivo central (dente dominante do arco) e corredor bucal.
Cada uma dessas 9 grades com diferentes tamanhos possui as larguras possíveis dos sorrisos das pessoas e, gravado em sua superfície a largura proporcional áurea ou divina dos dentes anteriores , a dimensão dos segmentos dentários (incisivo central, lateral e canino) à direita e à esquerda da linha media e a largura aparente do corredor bucal.
A seleção de uma grade para planejar um sorriso é feita diretamente na boca de forma real, não virtual, rapidamente ( poucos minutos ) e informa ao profissional precisamente, qual será a largura e altura da coroa clinica dos dentes anteriores e até posteriores na visão frontal geral (progressão regressiva de aparecimento) e individual de cada dente(relação altura largura). Além disso a grade será juntamente com os modelos de estudo ( acompanhadas ou não de fotografias e até do planejamento virtual em computador) a ferramenta de comunicação e entendimento com o técnico de forma real.O uso da grade também pelo técnico facilitará e simplificará a precisão geométrica e morfológica dos dentes e, consequentemente a qualidade estética e funcional das restaurações.

Eventualmente a grade poderá ser auxiliada pelo planejamento virtual do sorriso se o dentista souber fotografar, trabalhar com programas de computação e tiver tempo disponível para isso.
Desse modo para o clinico geral o uso e aplicação correta das grades em proporção áurea pode na maioria dos casos dispensar o tempo gasto num planejamento virtual. ( Fonte: Dr. Mauricio Ferrufino Sequeiros ) 




sexta-feira, 17 de julho de 2015

Refluxo gastroesofágico e a saúde oral


O refluxo gastroesofágico é uma sensação nada agradável para qualquer pessoa, que é um líquido subindo pela garganta e e isso acontece devido ao retorno involuntário de ácidos gástricos do estômago ao esôfago. Estima-se que mais de 20 milhões de pessoas sofram de refluxo gastroesofágico. Se não é tratado, pode evoluir para a doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), uma afecção crônica que acarreta diversos problemas de saúde. Um deles é a erosão dentária.(Fonte: Dr. Mauricio Ferrufino Sequeiros)



A erosão dental é a perda progressiva e irreversível da estrutura do dente, provocada por processos químicos que não envolvem ação bacteriana. A consequência é o desgaste do esmalte dos dentes, que depende da intensidade e frequência do refluxo.

A doença do refluxo gastroesofágico é explicada por um desequilíbrio entre fatores sobre a mucosa do esôfago. O pH crítico a partir do qual o esmalte dentário dissolve é o que está abaixo de 5,5. O refluxo gástrico pode levar o pH a atingir valores em torno de 2 (o ideal é que esteja acima de 4).



Tratamentos da DRGE
Para evitar a erosão dental é preciso tratar a própria doença do refluxo, após o diagnóstico feito por um gastroenterologista. O tratamento da DRGE é multifatorial e engloba vários aspectos:

Medidas dietéticas e de hábitos

Algumas dicas: ter uma alimentação balanceada,evitando o sobrepeso, não se deitar logo após a alimentação, restringir os irritantes gástricos (como fumo, álcool, alimentos gordurosos, cafeína, bebidas gasosas, frutas e sucos cítricos, entre outros), evitar o estresse, etc.




Uso de medicação

Os procinéticos, que aceleram o esvaziamento gástrico, e os inibidores de bomba de prótons, que diminuem o teor de acidez do suco gástrico. Lembrando, é claro, que esses medicamentos precisam ser receitados pelo médico gastroenterologista após o diagnóstico.




Cirurgia

Caso o tratamento clínico falhe ou o paciente tenha complicações da doença (alterações do epitélio esofágico, ulcerações e estenoses de esôfago), o médico pode optar pelo tratamento cirúrgico, que constrói uma nova válvula com o próprio estômago , o que irá bloquear o retorno dos ácidos para o esôfago. O procedimento é feito por laparoscopia, com pequenas incisões, sem necessidade de cortes.




Cirurgía para refluxo gastroesofágico - Laparaoscopica, hiatoplastía, fundoplicatura nissen 



Tratamento da erosão dentária

Antes de iniciar o tratamento odontológico, é imprescindível que a condição médica do paciente seja resolvida. Depois da doença tratada, o paciente deve procurar o dentista e, se houver o diagnóstico de erosão, os procedimentos envolvem a reabilitação dental.

Dependendo do grau de desgaste, a reabilitação completa dos dentes afetados pode ser feita por meio do uso de resinas compostas, restaurações cerâmicas, pinos e núcleos metálicos fundidos, além de restaurações metálicas fundidas.


A seguir seguem fotos de um caso restaurado com onlays cerâmicos no mesmo formato do fragmento cerâmico, sem nenhum tipo de desgaste.

Fotos iniciais





Foto dos onlays no modelo de laboratorio


Foto final










Alimentos que ajudam a saúde bucal das crianças


A infância é o período em que a 1ª e 2ª dentições acontecem e, para que os dentes (e as crianças) cresçam saudáveis, é preciso que haja uma alimentação equilibrada – que priorize alguns alimentos e evite outros.
Os vilões
O açúcar é o vilão para qualquer idade, mas para crianças é ainda pior. “Elas podem ter dificuldades em fazer uma higienização perfeita, por isso os pais devem orientar e supervisionar esse momento da escovação e uso do fio dental”.
Portanto, balas, chocolates e outros doces devem ser consumidos moderadamente pelos pequenos, e sempre com higienização bucal logo após a ingestão. Café, enlatados, frituras,refrigerantes, bolachas, salgadinhos e outras guloseimas industrializadas com amido na composição, segundo Alessandro, também devem ser evitados, pois geram substâncias ácidas que corroem o esmalte dentário e podem levar à cárie.
Os bons
A alimentação das crianças deve ser rica em fibras e com menos açúcares. “Frutas, verduras, legumes e grãos, por exemplo, contribuem com a saúde bucal”, diz Alessandro. Alguns exemplos de alimentos fibrosos são: damasco, laranja, banana, goiaba, melancia, pipoca, cereais integrais, entre outros.
O cálcio também é uma substância muito importante na infância, inclusive para a formação dos dentes. Além disso, previne a cárie. Leite, iogurte e queijo são as opções, preferencialmente os desnatados ou semidesnatados.
Carboidratos e proteínas, por sua vez, devem ter maior prioridade conforme o desenvolvimento infantil. “Esses servem para dar potencial energético, que ajuda no crescimento saudável”.
Carnes (de preferência as brancas), ovo, e novamente leite, queijo e iogurte são algumas opções de alimentos ricos em proteína. Já os carboidratos abrangem o arroz, massas, aveia, batata-doce, etc. “Não se esqueça de consultar um nutricionista para balancear a quantidade dos mesmos no cardápio da criança”. (Fonte: Dr. Mauricio Ferrufino Sequeiros)

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Efeitos da quimioterapia e radioterapia na saúde bucal


O tratamento oncológico, ao mesmo tempo em que trata o câncer, pode afetar a saúde do paciente em outros aspectos: a quimioterapia ou radioterapia podem causar alguns prejuízos à saúde bucal, caso não haja alguns cuidados.
“Primeiramente, é fundamental que o paciente mantenha uma higiene bucal adequada, pois por incrível que possa parecer, ainda recebemos pacientes que foram orientados a não escovar os dentes em alguns momentos do tratamento oncológico. Na verdade, é o contrário”, salienta a cirurgiã-dentista Letícia Mello Bezinelli, profissional do Programa de Oncologia, Hematologia e Transplante de Medula Óssea do Hospital Israelita Albert Einstein. As escovações devem ser realizadas 3 vezes por dia.
Cirurgiã-dentista no mesmo programa, Fernanda de Paula Eduardo recomenda o uso de uma escova dental com cabeça pequena, cerdas macias e uniformes. “O creme dental pode ser o de preferência do paciente, desde que não seja muito abrasivo. E, após a escovação, pode-se usar um enxaguatório bucal sem álcool”, diz.
“Também é importante a hidratação labial com manteiga de cacau ou vitamina E, durante todo o dia. Em casos de boca seca (xerostomia), pode-se utilizar também um gel ou spray para lubrificar a mucosa oral”, sugere Fernanda.
Além disso, é preciso que o paciente consulte-se com um cirurgião-dentista antes mesmo do tratamento oncológico. “Se a higiene bucal for inadequada, podem existir focos de infecção nos dentes (como em uma cárie extensa) ou na gengiva (gengivite ou doença periodontal). Com isso, há risco de uma infecção bucal que pode ser disseminada pela corrente sanguínea e comprometer outros órgãos durante os períodos de baixa imunidade, que ocorrem durante a quimioterapia”, ressalta Fernanda.
Para prevenir quaisquer complicações bucais, é necessário que o médico oncologista e o cirurgião-dentista especializado integrem seus tratamentos. “Existem efeitos colaterais do tratamento oncológico que podem ser prevenidos ou minimizados pelo dentista e é importante a sintonia entre esses profissionais. Assim, é possível oferecer um tratamento completo e há grande ganho na qualidade de vida do paciente”, complementa Letícia.
As cirurgiãs-dentistas do Albert Einstein listam a seguir as complicações bucais que podem surgir no tratamento oncológico.

Mucosite oral

É uma das complicações bucais mais comuns do tratamento oncológico. A mucosite oral surge com uma vermelhidão (eritema) e em seguida evolui para úlceras (que se parecem com aftas, porém, são maiores), podendo haver sangramento e edema.

Leva a um desconforto severo, ocasionando uma queda da qualidade de vida devido à dor e distúrbios funcionais, que surgem com o comprometimento da mastigação, deglutição e fonação, distúrbios do sono e má higienização. Há, ainda, o aumento do risco de infecções locais e sistêmicas.

Boca seca (xerostomia)

A sensação de boca seca surge ao mesmo tempo em que o paciente sente que a saliva fica mais espessa. Muitas vezes, o quimioterápico é dosado na saliva, portanto, há uma toxicidade direta na mucosa oral. Desse modo, pode haver tanto redução no fluxo salivar quanto alteração nos componentes da saliva.

Infecções oportunistas por fungos, bactérias ou vírus

Em consequência da intensa imunodepressão obtida através de quimioterapia ou radioterapia, o paciente tem mais chances de desenvolver infecções na boca, como a candidíase (conhecida como “sapinho”) e herpes (vírus que pode causar vesículas e úlceras nos lábios ou dentro da boca).

Aumento do índice de cáries

Com a possibilidade de xerostomia (diminuição de saliva) e de dificuldade de higienização oral, podem surgir as cáries. Se não forem tratadas a tempo, evoluem rapidamente e levam à perda dos dentes.

Alteração do paladar

É comum o paciente sentir gosto “metálico” ou mesmo não sentir o sabor salgado ou doce. Varia de pessoa para pessoa, mas geralmente isso se normaliza após o término do tratamento.

Sangramento ou petéquias

O paciente pode apresentar queda no número de plaquetas e, assim, as chances de sangramento aumentam. É preciso ter cuidado com traumas em cavidade bucal. Muitas vezes, aparecem manchas vermelhas, causadas por pequena hemorragia de vasos sanguíneos, chamadas de petéquias – decorrentes das plaquetas baixas.

Dano ao cérebro ou ao sistema nervoso (neurotoxicidade)

Às vezes, o paciente relata dor aguda na boca ou dentes, localizada ou generalizada, e não há sinais clínicos de cárie, doenças periodontais (de gengiva) ou outras infecções bucais; são sintomas da neurotoxicidade, decorrente das medicações contra o câncer.

Dor na articulação da boca (trismo)

Durante o tratamento por meio de radioterapia, o paciente pode apresentar dificuldade e dor ao tentar abrir a boca.

Necrose do osso (osteorradionecrose)

Decorrente da radioterapia de cabeça e pescoço, a osteorradionecrose − necrose do osso − é uma séria complicação. Ela surge com a exposição do tecido ósseo dos ossos maxilares à terapia com bifosfonatos em pacientes sob tratamento por mais de 8 semanas. Como é de difícil cuidado, deve ser prevenida (Fonte: Dr. Mauricio Ferrufino Sequeiros)

Cárie de mamadeira: Bactérias também atacam os dentes de leite


Muitos pais não sabem que a partir do nascimento do primeiro dente de leite, os bebês já estão sujeitos ao aparecimento das cáries dentárias. Por isso é muito importante que busquem informações sobre como evitar e prevenir esse tipo de doença. 
A cárie é uma doença infecciosa, transmissível e acontece quando há a associação entre placa bacteriana cariogênica, dieta inadequada e higiene bucal deficiente. As bactérias interagem com os alimentos ingeridos e produzem resíduos na forma de ácidos que provocam a desmineralização do dente. 
A cárie de mamadeira, também conhecida por uma variedade de sinônimos, como cárie de acometimento precoce, cárie por amamentação, síndrome da mamadeira noturna, cárie em bebês etc, é um tipo de destruição dental associada ao íntimo contato de líquidos açucarados fermentáveis com os dentes de leite durante o dia ou à noite (durante o sono). A principal causa é a ingestão constante, e por longos períodos, de líquidos açucarados ou não, como o leite com ou sem misturas (incluindo o leite materno), fórmulas com farinhas, suco de frutas, água de coco, achocolatados, sucos de soja e qualquer outro líquido adoçado ou não, exceto água. Chupetas adoçadas com mel ou açúcar também podem causar esse tipo de cáries em bebês. 
Características da cárie de mamadeiraA cárie aparece inicialmente através de uma faixa branca de descalcificação que se desenvolve na região dos dentes mais próxima à gengiva. Essa condição é reversível e pode ser tratada, mas, se não houver cuidado, o problema pode evoluir para cavitações. A cárie progride para uma cor marrom ou preta e, em casos avançados, as coroas dos dentes frequentemente fraturam-se. Esse padrão de cárie pode também apresentar-se de forma mais severa com muitos dentes envolvidos provocando muita sensibilidade (dor) e a destruição dos dentes decíduos em um curto espaço de tempo, podendo afetar a criança no seu primeiro ano de vida. 
A localização das lesões de cáries associa-se ao percurso do líquido durante a alimentação. Inicialmente há envolvimento de cárie precoce nos dentes anteriores superiores pela posição do bico da mamadeira, depois nos primeiros molares superiores e inferiores, e geralmente os incisivos no arco inferior não são afetados, pois ficam protegidos pela língua. A criança adormece e o líquido da mamadeira fica estagnado em volta dos incisivos superiores; o fluxo salivar é diminuído durante o sono e a diluição do líquido ingerido é lenta, promovendo um excelente meio de cultura para as bactérias que causam cáries. 
Crianças com doenças crônicas que fazem uso contínuo de medicamentos contendo sacarose via oral com administrações em período de sono, podem apresentar risco se houver ausência de higiene após a administração dos mesmos. 
Como a cárie de mamadeira é tratada
O tratamento da cárie de mamadeira deve ser iniciado pelo controle do processo infeccioso, já que os procedimentos para restauração dos dentes não funcionam se o processo carioso continuar. É importante que ocorra severa mudança de hábitos alimentares e higiene bucal adequada. A aplicação tópica de flúor pode ser muito benéfica também. 
Radiografias podem ser realizadas para observar possíveis envolvimentos de polpa dos dentes, infecções no periápice (próximas às pontas das raízes), comprometimento do dente permanente ou reabsorção radicular acentuada. 
Se a doença cárie não for interrompida, poderá ocorrer a destruição de vários dentes, acarretando em sérias repercussões locais, sistêmicas, psicológicas e sociais. A criança pode apresentar um quadro de infecção, dor, dificuldade de mastigação, trauma psicológico e perda prematura de dentes. Isso pode influenciar nas atividades cotidianas das crianças como rendimento escolar, comer, dormir e brincar. A perda precoce dos dentes decíduos prejudica o adequado desenvolvimento e crescimento dos arcos maxilares, organização correta do encaixe dos dentes e função mastigatória e fonoarticulatória acarretando sérias consequências para a dentição permanente. Além disso, cáries na primeira infância têm sido associadas a processos de cárie também durante a infância e na dentição permanente. O tratamento, além de ser invasivo, é desgastante para a criança e família. 
Durante os procedimentos em consultório para tratamento restaurador das cáries, o bebê não consegue ficar parado e não compreende o que está acontecendo, sendo assim, só chora, pois não tem outra forma de se expressar.
Prevenindo o problema 
É um grande equívoco achar que os dentes decíduos não merecem cuidados, pelo fato de serem substituídos em breve. Os dentes decíduos são temporários nas crianças, mas não menos importantes, portanto a prevenção de qualquer problema nessa dentição é a melhor opção. Eles permanecem na boca das crianças juntamente com os permanentes mais ou menos até 12 anos de idade e assim, o cuidado e a preservação dos dentes decíduos são fundamentais para evitar futuros problemas, inclusive ortodônticos. A perda prematura dos dentes de leite pode ser catastrófica, causando sérios problemas para a dentição permanente. 
Para evitar a cárie de mamadeira os pais, se possível, não devem oferecer o leite na madrugada ou evitar que a criança durma logo depois de mamar. Deve-se ainda escovar o dente da criança depois de cada mamada seja ela no peito ou na mamadeira, e antes de dormir a escovação deve ser reforçada, já que o período da noite é o mais crítico para o surgimento de cáries. Com o tempo, a mamadeira deve ser substituída gradativamente por líquidos no copo. Atualmente, é preconizado o início da escovação, com escova de dente extra-macia, logo após o aparecimento dos primeiros dentinhos. 
A prevenção da cárie precoce da infância deve ter início na gestação para que possa ser avaliada a condição bucal da futura mãe controlando os níveis S. mutans, que é uma das principais bactérias associadas ao processo da doença cárie, com o intuito de diminuir a transmissão de bactérias cariogênicas para seus bebês. A consulta odontológica na gestação também é importante para orientações quanto à forma correta de higienização das bocas e dentes dos bebês dentre outras. 
É indicado que a primeira consulta odontológica seja por volta dos seis meses de idade promovendo a educação com relação a saúde bucal de toda a família. É de grande importância que os pais e cuidadores evitem compartilhar os talheres, assoprar os alimentos, colocar a chupeta do bebê na boca e beijar a criança na boca para que não ocorra a transmissão de microrganismos. A saliva da mãe é a principal fonte de transmissão do S. mutans e a faixa etária de 19 a 31 meses é o período crítico para a aquisição dessas bactérias cariogênicas. 
É de suma importância o diagnóstico precoce da cárie de mamadeira. Esta não deve ser negligenciada nem pelos pais e nem pelos profissionais, devendo os pais buscarem as orientações necessárias para a prevenção e os profissionais de saúde, estarem aptos para reconhecer e modificar os fatores de risco para o desenvolvimento dessas doenças. A saúde bucal das crianças está fortemente relacionada a uma boa saúde geral. ( Fonte Dra. Fabiola Bernardeli)


sábado, 11 de julho de 2015

Você tem sensibilidade nos dentes?



A sensibilidade dentária é uma dor causada por desgaste da superfície do dente. A causa mais comum em pessoas adultas é a exposição da raiz dos dentes na área cervical, ou colo, devido à retração da gengiva. Como a raiz não está coberta pelo esmalte, milhares de canalículos que vão do centro do dente e levam o feixe nervoso da polpa até a superfície ficam expostos e acusam a dor.
Quando o calor, frio ou pressão afetam esses canalículos, você sente dor. Ignorar os dentes sensíveis pode levar a outros problemas de saúde bucal. Um problema bastante comum é quando a dor faz com que você não escove bem seus dentes, tornando-os vulneráveis às cáries e doenças gengivais.
Causas da Sensibilidade
  • Escovação com creme dental muito abrasivo.
  • Escovação incorreta e/ou quantidade exagerada de escovações (mais de 3 vezes ao dia);
  • Gengivite, que pode causar retração gengival;
  • Retração gengival devido à idade ou escovação inadequada;
  • Bebidas ácidas (como refrigerantes) que causam a erosão do esmalte e a exposição da dentina;
  • Bruxismo. Faz com que todos ou a maior parte dos dentes tornem-se sensíveis;
  • Dente lascado ou fraturado, com exposição da dentina;
  • Procedimento de clareamento;
  • Colocação de aparelhos ortodônticos;
  • E até uma simples restauração, se mal-feita.
Tratamento para Sensibilidade


Após descobrir a causa da sua sensibilidade com a ajuda de um dentista, o importante é encontrar uma solução que seja eficaz.
O que você pode fazer em casa?
  • Use uma escova de cerdas bem macias, com creme dental pouco abrasivo;
  • Escove corretamente e não exagere na escovação;
  • Use creme dental especialmente formulado para ajudar a sensibilidade dentária;
  • Use creme dental com alta concentração de flúor (dado pelo dentista) para ajudar fortalecer a superfície do dente.
O que você pode fazer no consultório?
  • Aplicação de verniz de flúor nas áreas expostas para ajudar a mineralizar o esmalte e a dentina;
  • Aplicação de espuma ou gel de flúor, por meio de moldes bucais, durante 3 a 5 minutos, proporcionando alta concentração de flúor para ajudar as áreas sensíveis;
  • Aplicação de agente fixador (material usado para fixar restaurações) para impermeabilizar a superfície de a dentina ajudar os estímulos que causam a sensibilidade.
Consulte sempre o seu dentista. Não tente diagnosticar o problema você mesmo, pois ele pode ser sinal de algo mais sério. Somente um dentista pode esclarecer a questão.

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quinta-feira, 9 de julho de 2015

Fechamento de diastema com resina composta e aumento incisal



Diastema é o espaço, ou ausência de contato, entre dois ou mais dentes adjacentes. Os diastemas são mais frequentes na região anterior da maxila, apesar de poderem ser observados em qualquer região da boca. Diversas são as opções de tratamento disponíveis, como tratamento ortodôntico, facetas laminadas, coroas cerâmicas ou restaurações em resina composta.

A integração de especialidades tornou-se uma prática comum na Odontologia moderna e planejada, de modo que nos casos em que, mesmo tendo sido realizado correto diagnóstico e planejamento, e o aparelho ortodôntico corretamente instalado e o tratamento devidamente executado, a Ortodontia, isoladamente, não consegue a adequada e desejada finalização. Faz-se então necessário o inter-relacionamento com a Dentística e Periodontia para se alcançar resultados satisfatórios em relação à estética, função, saúde e estabilidade.

Em virtude da busca pela estética têm-se observado uma maior demanda em restaurações adesivas. Consequentemente, observa-se o surgimento de um segmento na odontologia denominado Odontologia Cosmética Adesiva. Essa tendência cosmética adesiva caracteriza-se pela confecção de restaurações com mínima invasão dos tecidos dentários hígidos, bem como baixo custo e excelência em estética.

Atualmente, existem três categorias de resinas compostas para restaurações diretas em dentes anteriores: as resinas microparticuladas, as híbridas ou microhíbridas e, mais recentemente as nanoparticuladas e nanohíbridas. A proposta dessa nova geração de resinas compostas foi a incorporação de partículas nanoméricas à matriz orgânica, conferindo maior resistência mecânica e melhor lisura superficial. Estas resinas apresentam polimento e manutenção do brilho superior aos materiais de micropartículas e, ainda, as características similares de resistência das resinas híbridas ou microhíbridas atuais. Dessa forma técnicas que preconizavam a utilização de resinas híbridas ou microhíbridas para a restauração de porções mais internas, correspondentes à dentina e, por exigência estética, uma resina microparticulada como última camada, podem ser atualmente substituídas por uma resina que apresenta propriedades ópticas, de resistência e de lisura de superfície compatíveis com a excelência estética requerida para os dentes superiores.

Durante a realização de restaurações diretas em resina composta como opção de tratamento de diastemas em dentes anteriores, o profissional que almeja a excelência estética, imediata e em longo prazo, deve conhecer a composição e a manipulação dos diferentes materiais restauradores encontrados no mercado. A longevidade dos procedimentos restauradores em resina composta também mantém dependência com hábitos e as condições de higiene bucal do paciente, repassados e supervisionados pelo cirurgião-dentista. Mas a escolha depende de fatores relacionados à oclusão, à necessidade estética e à condição socioeconômica do paciente; ao tempo disponível pelo paciente para realização do tratamento; como também às competências e habilidades do cirurgião-dentista em planejar e executar o tratamento proposto.

Os diastemas anterossuperiores configuram um problema estético comum e frequente. Dentre seus fatores etiológicos patológicos encontram-se: freio labial, agenesia e microdontia do incisivo lateral superior, discrepância entre bases ósseas e o tamanho dos dentes, e fusão imperfeita na linha mediana, entre outros. A avaliação da etiologia dos diastemas durante o planejamento é fundamental para o sucesso do tratamento.

A técnica restauradora para o fechamento de diastemas tem sido amplamente divulgada. No entanto, cuidados após os procedimentos restauradores também são importantes. Orientações estéticas e fonéticas devem ser passadas aos pacientes, assim como conscientização de retornos periódicos devem fazer parte do protocolo clinico dos profissionais nessas situações. Dessa forma, a longevidade do tratamento pode ser favorecida. ( Fonte: Dr. Mauricio Ferrufino Sequeiros )


Vídeo de Fechamento de Diastema com Resina Composta e aumento Incisal - Fonte: Dr. Leonardo Muniz