terça-feira, 24 de março de 2015

Restauração classe IV





Cavidades de Classe IV de modo geral, o dente a receber esse tipo de cavidade apresenta lesão cariosa envolvendo uma face proximal e o ângulo incisal correspondente. A cavidade deve envolver a lesão cariosa e possibilitar o contorno estético da restauração. Portanto, a forma de contorno varia de acordo com a extensão da lesão cariosa ou o tipo de fratura. Na presença de tecido cariado este é removido com broca esférica de tamanho compatível com o da lesão. Segundo Mondelli  (2002), a parede gengival será delimitada pela remoção do tecido cariado quando estiver presente ou mantendo- cerca de 0,5 mm aquém da gengiva marginal. 

O acabamento das paredes de esmalte em uma cavidade de classe IV tem importância para a obtenção de maior estética e comportamento clínico. Uma grande maioria de autores recomenda a realização do bisel, já que possibilita remover prismas de esmalte friáveis; expor prismas de esmalte mais perpendiculares e reativos ao condicionamento ácido, principalmente da porção mais interna, aumentar a área de superfície favorecendo a retenção do material; além de favorecer a estética da interface entre resina e estrutura dentária. 

Esse acabamento pode ser estabelecido com ponta diamantada em forma de chama n° 1111, que possibilita um bisel de forma côncava ou chanfrada, com largura de 1 a 2 mm, na face vestibular. 

Limpeza da cavidade

Após a remoção da lesão cariosa, a cavidade deverá ser lavada durante dez segundos, com água oxigenada a 3%, com ácido poliacrílico a 25% ou com solução de clorexidina a 2%, aplicada à cavidade com bolinhas de algodão por um período de dois minutos e, a seguir, lavada como um spray de ar/água e seca com leves jatos de ar. 

Proteção do complexo dentino/pulpar 

Segundo Mondelli (2002), a cavidade poderá ser eventualmente ser considerada de profundidade média, profunda o muito profunda, e os seguintes materiais poderão ser indicados:

 Opção I: (cavidades muito profundas): fina camada (0,5mm) de cimento de hidróxido de cálcio e cimento ionomérico específico para base protetora.

 Opção II: (cavidades médias e profundas): cimento ionomérico.

 Independente da técnica ou de material empregado, alguns pontos devem ser observados:
 A aplicação de bases protetoras deve anteceder o acabamento da cavidade e a execução dos biseis, para evitar a contaminação do ângulo cavo superficial. 
Quando necessário, a base deve cobrir uma área mínima de dentina, deixando a maioria da área de superfície disponível para a adesão. Além disso, as bases geralmente não apresentam propriedades físico-mecânicas adequadas para suportar estresse que lhes é transmitido pelo dente e pelo material restaurador.

 Condicionamento ácido e aplicação do sistema adesivo 

O condicionamento da estrutura dental com ácido fosfórico deve sempre respeitar o correto tempo de aplicação para a estrutura do esmalte (30s) e dentina (15s), visto que um maior tempo de condicionamento não significa aumento da resistência de união da restauração ao dente e ao contrário disso, pode gerar uma discrepância entre a profundidade de desmineralização promovida pelo ácido e a extensão de penetração dos sistemas adesivos. 

 Hirata  (2001) assinalam que o acondicionamento ácido deve ser feito pensando em margens se segurança (2,0 mm além das margens do preparo), de forma a não haver o risco de um avanço da restauração em margens não condicionadas, o que resultaria em linhas brancas que não são solucionadas com o acabamento marginal. 

A seleção do sistema adesivo e a adequada forma de aplicação, de acordo com o substrato dental trabalhado é um passo essencial para a obtenção de longevidade nas restaurações de resina composta. Em dentes anteriores, os sistemas adesivos mais utilizados são os convencionais de 3 passos (Ácido fosfórico/Primer/Bond) e os convencionais simplificados, também denominados de frasco único, em que no mesmo frasco encontram-se o primer e a parte hidrofóbica do adesivo (Ácido fosfórico/Primer + Bond). Quando a restauração é realizada somente em estrutura de esmalte, pode-se utilizar apenas o bond do sistema de 3 passos, pois o primer dos sistemas adesivos serve somente para a adesão na superfície dentinária.

Inserção e polimerização das resinas 

Preferencialmente, as resinas compostas deverão ser inseridas de forma incremental. A resina composta deve ser inserida em camadas com espessura nunca maior de 2.0 mm, uma 44 vez que o aumento na espessura da camada pode resultar na atenuação da intensidade de luz, levando a uma polimerização incompleta nas regiões mais profundas da cavidade a ser restaurada, bem como o aumento no estresse da contração de polimerização. Somente nas cavidades de dimensões reduzidas podem ser restauradas com um único incremento de resina composta, enquanto que uma técnica de aplicação e fotoativação por estratificação torna-se imprescindível quando se trata de restaurações amplas.

 Protocolo Clínico Newton Fahl - Restauração Classe IV




Protocolo Clínico Poletto Salomão - Restauração Classe IV



segunda-feira, 16 de março de 2015

Super alimentos para a saúde dos dentes e das gengivas




Escovação, aliada à dieta, promove mordida mais forte e sorriso mais branco. Toda a gente sabe que a saúde oral é importante e que os cuidados a ter ultrapassam em muito escovar os dentes e remover os alimentos. Há muitas formas de manter o sorriso bonito e brilhante, mas não negligencie o poder purificador de alguns alimentos comuns. Os alimentos que se seguem tem superpoderes para combater os crimes orais, garantindo as gengivas saudáveis e os dentes bonitos.

Chá Verde



 O chá verde contem componentes complexos chamados catequinas que combatem inflamações e controlam as infecções de bactérias.  Um estudo japonês revelou que homens que tomam chá verde regularmente tem menor ocorrência de doenças periodontais, comparando com os que tomam esporadicamente. Outro estudo correlacionou pessoas que tomavam chá verde uma ou mais vezes por dia, com menor perda de dentição mais tarde. As catequinas antimicrobrianas e o consumo de chá verde contam de facto para a saúde oral. 

Morangos, Kiwis e (não tão importante) Citrinos



 A vitamina C é muito importante para a saúde dos tecidos delicados das gengivas, uma vez que impede que o colagénio colapse.  Sem o colagénio, as gengivas ficam demasiado moles e portanto sensíveis a doenças periodontais.  Kiwis e morangos tem altas concentrações de vitamima C, tal como os citrinos. Estes frutos tem mais outra vantagem devida à sua adstringência, que ajuda a reverter a descoloração causada pelo café e vinho.

Nozes e sementes



Nozes e sementes são ricas em proteínas vegetais e estão cheias de micronutrientes fantásticos para os dentes  tais como o fósforo, magnésio, potássio, zinco e mais importante, o cálcio.  O cálcio é, como sabemos, essencial para ossos e dentes fortes. Nozes, amêndoas e nozes do brasil são muito ricas em cálcio. As sementes de sésamo são excepcionalmente ricas em cálcio, desde que opte pela versão não refinada.

Cebolas 



Especialmente quando ingeridas cruas, as cebolas combatem as bactérias graças aos componentes antimicrobrianos com enxofre. Um estudo recente na Coreia confirmou que as cebolas cruas são capazes de erradicar completamente 4 tipos de bactérias causadoras de cavidades e doenças periodontais. Fatias de cebola crua podem ser consumidas em sanduíches ou em saladas. Se não conseguir comer crua, coma cozinhadas. É melhor do que nada.

Cogumelos Shiitak



Estes cogumelos contem lentinan, um açúcar natural que previne gengivite. Gengivite é uma inflamação das gengivas caracterizada por vermelhidão, inchaço e até hemorragia, causada por um acumular de bacterias biofilme. Estudos recentes mostram que os componentes anti bacterianos como a lentinan atacam especificamente estes micróbrios produtores de biofilmes. É tão precisa que deixa incólumes as bactérias não prejudiciais.

Maçãs, Aipo e alimentos com Fibra pouco ácidos 




Muitas vezes referidos como “detergentes dentais” estes frutos e vegetais ricos em água estimulam a produção de saliva, mantendo as bactérias orais em controlo. Estes alimentos com fibra tem também o efeito de escovar a superfície dos dentes à medida que vamos comendo. Mastigar estes alimentos perturba a formação e expulsa a placa dentaria acabada de formar, prevenindo a sua formação.

Leite e derivados 

O cálcio presente no leite e derivados dele é essencial para garantir ossos fortes e saudáveis. E o mesmo vale para os dentes. O nutriente é parte da composição dos dentes e, em níveis adequados, garante uma boa saúde a eles, principalmente durante a sua formação. Mas o cirurgião dentista Rodrigo Guerreiro Bueno de Moraes, consultor científico da Associação Brasileira de Odontologia (ABO), explica que esses não são a única fonte de cálcio. Folhas verdes escuras, como a couve, podem compensar essa demanda - especialmente para quem não gosta ou não tolera a lactose.
Agua 



 "O consumo de água (com gás ou não)é importante para eliminar detritos, açúcares e ácidos". Além disso, a água das grandes cidades é fluoretada, que reforça a resistência do esmalte do dente. "Quando ingerido durante a formação dos dentes, isso é, até os doze anos de idade, o flúor torna os dentes muito mais resistentes à cárie por toda a vida". (Fonte: Dr. Mauricio Ferrufino Sequeiros)

Isolamento absoluto para procedimentos de dentística ou endodontia é fundamental


Para qualquer procedimento de dentística ou endodontia um campo bem isolado, seco e limpo é fundamental. A utilização do isolamento absoluto com dique de borracha em odontologia nos trás diversas vantagens como:
  • Proteção aos tecidos moles;
  • Melhor visibilidade;
  • Proteção ao paciente contra acidentes;
  • Impedir que a saliva alcance a cavidade pulpar (endodontia);
Para a utilização do isolamento absoluto um conjunto de instrumentais é necessário. Se você é estudante de odontología, invista em materiais de boa qualidade pois você irá utilizá-los pelo resto da vida e dificilmente precisará substituir.
Materiais utilizados no isolamento absoluto:
Lençol de Borracha:
O lençol de borracha é encontrado no mercado nas mais diversas cores. Existem variações na expessura de 0,15 a 0.35mm. Alguns profissionais recomendam a utilização do lençol de borracha preto pois contrasta mais com o dente e reflete menos luz. Esse material já vem cortado no formato quadrangular.
Perfurador de Ainsworth:
Esse instrumento possui diversos furos com diametros variados que são feitos no lençol de borracha. A borracha é perfurada na região correspondente aos dentes que serão isolados. É importante manter o perfurador bem afiado para evitar falhas no vedamento.
Porta Dique de borracha:
Os arcos porta dique mais utilizados entre os profissionais são o Arco de Young e o Arco de Ostby. O arco de Young tem a forma de um U e pequenas pontas metálicas que ajudam a prender a borracha. O arco de Ostby tem a mesma função, só que tem um formato circular e é mais utilizado em endodontia.
Grampos:
Para prender qualquer dente na borracha é necessário que se utilize grampos. A numeração varia conforme o grupo de dentes:
  • 200 a 205 – Molares
  • 206 a 209 – Pré-molares
  • 210 a 212 – Dentes anteriores
Existem grampos com códigos específicos como o W8A, 14A e 212 (para retração gengival) e estes podem ser modificados pelo dentista para que se adapte a algum caso específico.
Pinça porta grampo de Palmer:
A pinça de Palmer é utilizada para levar o grampo ao dente.
Técnica de colocação do Dique de Borracha:


Primeiro marca-se com uma caneta o ponto exato onde será feito o furo com o perfurador de ainsworth. O ideal é que você marque o centro da incisal dos dentes anteriores e o centro da oclusal dos posteriores. Em endodontia isola-se apenas o dente que se está trabalhando. Em dentística isola-se além do dente de trabalho dois dentes posteriores a este e todos os dentes até o canino do lado oposto. 
Muitos profissionais preferem colocar primeiro o grampo no dente e depois a borracha. Outros preferem o inverso ou tudo ao mesmo tempo. O importante é que não ocorra rasgamento da borracha que obrigatoriamente inviabiliza a utilização da mesma.
A confecção de amarrias ao redor dos dentes com fio dental ajuda na invaginação da borracha no sulco gengival e melhor vedamento. Espatulas rombóides também podem ser usadas para a invaginação. (Fonte: Dr. Mauricio Ferrufino Sequeiros)
Dicas do Dr. Ronaldo Hirata.:

sexta-feira, 13 de março de 2015

"Não precisamos escovar os dentes", diz especialista






Há 10 anos, Paul Warren descobriu que era possível viver bem sem escovar os dentes. Ele conduziu uma pesquisa em pacientes, que, durante dois anos, deixaram as escovas de dente de lado e utilizaram somente um enxaguante bucal chamado clorexidina. Resultado: todos os problemas com doenças associadas a bactérias, como cáries e gengivite, foram controlados completamente. Mas o pesquisador britânico descobriu também que, apesar da pouca paciência para escovar os dentes, os seres humanos adoram a sensação de "dever cumprido" após a escovação - e que algumas bochechadas não eram suficientes para substitui-la.


Warren é o vice-presidente de assuntos sobre a saúde bucal da P&G, grupo que controla a marca Oral-B. Ele já escreveu mais de 100 artigos sobre o controle mecânico e químico das bactérias na boca e, na última semana, esteve no Brasil, em Salvador, para o congresso da Associação Mundial Dentária. Warren explicou a VEJA.com porque o enxaguante bucal ainda não está nas prateleiras dos supermercados e como será a escova de dente do futuro.

Escovar os dentes é coisa do passado?

Fizemos uma pesquisa há 10 anos com um enxaguante bucal. Durante dois anos, foi tudo o que os pacientes usaram, duas vezes por dia. Conseguimos controlar o problema de placa bacteriana completamente e com isso acabaram os problemas de gengivite. E se a quantidade de açúcar em contato com os dentes fosse controlada, era possível controlar as cáries também. Contudo, embora as pessoas não tivessem mais que escovar os dentes, elas não gostavam disso. Para elas, limpar os dentes requeria algum esforço e o enxague não era suficiente, mesmo o estudo mostrando que a saúde dos dentes e da gengiva foi preservado nos dois anos durante a pesquisa. 

E esse enxaguante foi desenvolvido por vocês? 

Não. Trata-se de um enxaguante genérico chamado clorexidina, disponível por meio de receita médica em várias partes do mundo. Ele envolve a superfície do dente com cargas negativas, então, quando uma bactéria se aproxima, ela é repelida por causa da carga do íon que está lá. Como qualquer medicação, existe também um risco associado.

Qual é o problema com a clorexidina?

O problema com esse enxaguante é que ele ajuda na formação de manchas nos dentes. Então, se a pessoa consumir muito café, chá ou vinho tinto, é provável que ela desenvolva um certo nível de manchas nos dentes. Isso, claro, é inaceitável para muitas pessoas. A clorexidina é muito útil para situações onde o paciente não pode escovar os dentes, por causa de uma cirurgia, por exemplo. Mas, para grandes períodos de tempo, os efeitos colaterais não são animadores. Além disso, muitas pessoas não gostaram do gosto, que é bem forte. Eu brinco que se você gosta da bebida Campari, você irá amar clorexidina. A nossa intenção era encontrar algo que pudesse se fixar no dente e impedir a formação de bactérias eliminando a fonte das placas. 

A criação de um enxaguante bucal capaz de aposentar a escova de dentes não seria um tiro no próprio pé?

Não acredito que a nossa pesquisa traria esse tipo de consequência. Em primeiro lugar, os resultados mostraram que mesmo controlando as placas com um enxaguante, as pessoas ainda gostariam de escovar os dentes. A impressão é que as pessoas precisam sentir o esforço ao escovar os dentes para se sentirem aliviadas. Como dentista, fiquei feliz por termos conseguido controlar a formação de bactérias apenas com um enxaguante, porque a maioria das pessoas passa apenas 46 segundos escovando os dentes. Todos os nossos estudos mostraram que o tempo médio de escovação é inferior a 50 segundos. E se você gasta menos que dois minutos escovando os dentes, você não está realizando uma higienização adequada.

A clorexidina seria capaz de eliminar a necessidade de utilizar fio dental? 

O enxaguante que estudamos não é capaz de eliminar a comida que fica presa entre os dentes. Uma dentição perfeitamente alinhada e distribuída não teria esse tipo de problema, mas como a maior parte das pessoas não possui uma dentição perfeita, a resposta é não. 

O enxaguante bucal seria mais barato que escovar os dentes?

Essa é uma questão interessante. Não tenho dados para afirmar que sim. Mas depende de quanto custaria o enxaguante se ele existisse no mercado de massa. Contudo, uma escova de dente é um aparato relativamente barato. É possível adquirir escovas mais sofisticadas que possuem preços variados e uma escova elétrica pode custar até 100 dólares. E honestamente, sob uma perspectiva de eficiência pelo custo, uma escova elétrica é melhor do que uma escova manual.

 Vocês continuam na busca por um enxaguante que elimine a necessidade de escovas de dentes?

O clorexidina ainda é o padrão máximo para remoção de placas no que diz respeito a enxaguantes bucais e sabemos que ele possui esses efeitos colaterais com relação ao sabor e formação de manchas. Continuamos buscando outros agentes que pudessem ter a mesma eficácia sem os efeitos colaterais, mas, depois de 15 anos, ainda não encontramos nada. Isso quer dizer que ainda teremos que escovar nossos dentes com uma boa pasta dental e utilizar o fio.

 O que podemos esperar para o futuro?

 Houve uma pesquisa feita nos EUA ano passado perguntando às pessoas quais cinco objetos elas levariam para uma ilha deserta. O segundo colocado na lista foi a escova de dente. Isso mostra como as pessoas estão ligadas a esse pequeno objeto. Creio que, baseado nas muitas pesquisas que estive envolvido por todos esses anos, temos escovas manuais bastante eficientes se usadas devidamente. Esse é o desafio. Então, acredito que as pesquisas irão apontar para o desenvolvimento de escovas elétricas, uma vez que elas fazem um trabalho melhor em menos tempo.

 As escovas elétricas estão por aí há um bom tempo, mas a maioria das pessoas ainda prefere as escovas simples. 

Temos que motivar as pessoas para que a utilização seja correta. Por isso, teremos escovas elétricas com algum tipo de mecanismo de resposta, não apenas com uma contagem regressiva a partir de dois minutos, mas demonstrando quais partes da boca devam ser escovadas melhor, se a pressão está correta e assim por diante. Também acredito que as escovas terão uma função diagnóstica. Ou seja, aproveitar todas as informações existentes na saliva da pessoa. Seria possível captar, por meio de chips presentes na escova, informações sobre a sua saúde bucal e geral. Sabemos que a saliva pode mostrar indícios de diabetes e, se há sangramento, pode ser algum sinal de gengivite. O dentista poderia verificar a sua escova e dizer que você precisa se esforçar mais na escovação ou que você apresenta sinais de diabetes, cáries ou gengivite, por exemplo. 
E como seria a escovação perfeita?

A primeira coisa a ser notada é a importância da saúde bucal. A boca não é separada do corpo, existe uma relação muito grande entre a saúde do nosso corpo e a saúde bucal. Por isso, uma boca saudável faz parte de um corpo saudável. E para chegar nesse estágio, é preciso existir uma escovação adequada, sistemática, passando em cada um dos dentes cobrindo todas as regiões. É preciso uma escova de dente com uma cabeça pequena para que todas as áreas sejam alcançadas e o mais importante, que você tenha paciência. Se você dedicar pouco tempo de manhã porque está com pressa para o trabalho ou escola, gaste mais tempo à noite para compensar.




quinta-feira, 12 de março de 2015

Como combater e tratar o mau hálito ou halitose?



O que provoca o mau hálito?
  1. Uma das causas naturais que provocam o mau hálito é a ingestão de alimentos com cheiros fortes como o alho, a cebola, alguns tipos de queijos, etc.
  2. Caso seja fumador ou bebe cafés em demasia, saiba que esses podem ser os possíveis responsáveis pelo problema da halitose.
  3. Doenças nas gengivas, um abcesso num dente, sinusite, ou secura crónica da boca, poderão ser os desencadeadores desse problema.
  4. Problemas intestinais ou alguma outra doença com mais gravidade, poderão estar a causar os maus odores da boca.
  5. Alguns medicamentos poderão também causar o problema do mau hálito, principalmente os que secam a boca, como os medicamentos para emagrecer, para a depressão, para a artrite, hipertensão, entre outros.
  6. Saltar refeições também poderá causar esse mesmo problema, já que poderá ficar com a boca muito seca, ou seja, contribuir para o ambiente favorável de proliferação de bactérias.
  7. Se usa prótese dentária, esta poderá ser responsável pelo mau hálito. Durante a noite deixe-a dentro de uma solução anti-séptica, excepto se houver indicação em contrário, pelo seu médico.

Como saber se tem mau hálito?

  1. Pode por exemplo, cheirar o fio dental, após uma limpeza dos seus dentes, desde que este seja sem cheiro ou sem cera.
  2. Pode ainda passar a língua numa flanela e posteriormente cheirá-la para saber se está com este problema.

Que alimentos poderão ajudar no combate ao mau hálito?

  1. Em primeiro lugar, comer qualquer coisa, excepto alimentos fortes como alho, cebola, queijos, etc, é o suficiente para provocar a produção de saliva e evitar os maus cheiros presentes na língua.
  2. As laranjas, ricas em ácido cítrico, são muito eficazes, já que estimulam as glândulas salivares a produzir saliva, refrescando o hálito.
  3. A salsa é muito eficaz no combate ao mau hálito já que contém clorofila, com características especiais na remoção do mau cheiro e com excelentes propriedades anti-bacterianas.
  4. O cravinho ou cravo-da-índia contêm eugenol, mais um fantástico anti-bacteriano. Pode colocá-lo na boca e trincá-lo, deixando o seu óleo de aromas invadir a sua boca. Isto poderá arder ligeiramente, por isso vá trincando-o até todo o seu óleo ficar consumido, cuspindo tudo no final. Não use esta especiaria em óleo ou em pó pois poderá queimar a parte interior da boca.
  5. A canela em pau é muito eficaz como anti-séptico oral. 
  6.  Existem algumas sementes muito benéficas no combate ao mau hálito. São elas as sementes de funcho, de cardamomo, de endro e de anis. Esta última é a mais poderosa para matar bactérias, enquanto as restantes são mais eficazes para disfarçar o cheiro.
  7. A pastilha elástica, mastigada após as refeições, ajuda a limpar a cavidade bocal e estimula a produção de saliva, o que se torna benéfico. Opte pelas pastilhas sem açúcar, já que assim não permitirá que as bactérias do mau hálito sejam alimentadas por esses mesmos açúcares.

Os elixires, os dentífricos e as escovas de dentes são eficazes?


Grande parte dos elixires disfarçam somente o mau hálito durante algum tempo. Os mais eficientes para combater o mau hálito são os à base de dióxido de cloro, já que conseguem eliminar os compostos de enxofre, que causam o mau hálito. Os elixires mais comuns, à base de álcool, secam a saliva e agravam ainda mais o problema do mau hálito.
As pastas dentífricas à base de óleo da árvore-do-chá são as melhores, já que funcionam como um desinfectante natural. Poderá encontrá-las em farmácias ou lojas de produtos dietéticos. Traga sempre consigo uma escova de dentes e o respectivo dentífrico, usando-a após todas as refeições. Se por acaso ingeriu bebidas à base de citrinos ou de cola, escove os dentes apenas uma hora depois, já que se o fizer imediatamente a seguir, estará a favorecer o efeito erosivo que os ácidos desses líquidos provocam nos dentes.
A melhor forma de guardar a sua escova de dentes é de cabeça para baixo, num recipiente tapado e com água oxigenada. Não se esqueça de a passar bem por água antes de ser utilizada.
Outras técnicas para eliminar o mau hálito da boca
  1. A língua é a principal responsável pela produção do mau hálito, pois aloja bactérias que provocam esses maus odores. Sempre que possível raspe-a, por exemplo, com os dentes, enxaguando posteriormente a boca com água.
  2. Uma colher também é muito eficaz como raspador de língua. Passe a colher pela língua, de trás para a frente, durante algumas vezes e não esquecendo as laterais da língua. Passe depois a boca por água.

  1. Use um irrigador para a boca, um aparelho simples que esguicha água e limpa o interior da boca. Este é muitas vezes mais eficiente que uma escova de dentes ou o fio dental.
Importante saber: Se o seu hálito tem um sabor adocicado, poderá ser um sinal de diabetes, devendo consultar um médico para realizar os respectivos exames.
Se estas dicas não foram suficientes ou acha que tem uma higiene cuidada e eficiente da boca e continua com problemas de mau hálito, considere consultar um dentista que o poderá aconselhar sobre a sua higiene oral, verificando se tem algum problema ao nível dos dentes, das gengivas ou outro tipo de problema mais grave (Fonte: Dr. Mauricio Ferrufino Sequeiros)

Responsabilidade civil odontológica

Responsabilidade civil é a obrigação que pode incumbir uma pessoa a reparar o prejuízo causado a outra, por fato próprio ou de pessoas ou coisas que dela dependam.


Quando o cirurgião-dentista passa a prestar determinado serviço profissional a seu paciente está assumindo uma obrigaçãoO não cumprimento desta viola o dever jurídico, fazendo nascer a responsabilidade por meio da qual deve recompor o dano eventualmente decorrente.
Como vemos, não pode haver responsabilidade sem correspondente obrigação. Por consequência, depreende-se a impossibilidade de que alguém seja responsabilizado sem que tenha violado a obrigação previamente existente. Portanto, para que se possa identificar o responsável, é imprescindível apontar o dever jurídico violado assim como o autor de sua violação.
Código do Consumidor. Analisaremos duas formas de responsabilidade civil que podem atingir a Odontologia: a subjetiva e a objetiva.
O cirurgião-dentista, na qualidade de profissional liberal, é tratado peloCódigo do Consumidor como exceção à regra geral da responsabilidade objetiva, o que significa que a responsabilidade do profissional como agente causador do dano é configurada apenas se agiu culposamente. Assim sendo, a prova da culpa, do agente causador do dano, é indispensável para que surja o dever de indenizar. Sendo a responsabilidade dependente da conduta do sujeito, é chamada responsabilidade subjetiva. Esta é menos gravosa que a responsabilidade objetiva, como se verá adiante.
Já no caso da responsabilidade objetiva, a atitude culposa do agente causador do dano não assume relevância, pois basta a existência da relação de causalidade entre o dano experimentado pela vítima e o ato do seu agente para que surja o dever de indenizar, tendo agido ou não o agente causador do dano com culpa. Essa responsabilidade objetiva, segundo o Código do Consumidor, é aquela pela qual responde todo fornecedor de serviços que não é profissional liberal, como por exemplo uma clínica (Pessoa Jurídica). Presente apenas a relação de causa e efeito entre o ato do agente e o dano sofrido pela vítima, está configurado o dever de indenizar, mesmo sem que haja culpa do fornecedor de serviços. Na prática, o paciente que aciona o fornecedor de serviços odontológicos terá maior facilidade de obter a sua condenação se acionar uma Pessoa Jurídica, uma clínica, por exemplo, do que se acionar um profissional liberal, pois no caso da Pessoa Jurídica não terá que provar a existência de culpa pelo dano ocorrido.
Por tal motivo, antes do cirurgião-dentista, profissional liberal, constituir uma pessoa jurídica, deverá analisar essa forma de responsabilidade civil mais gravosa, por que poderá vir a responder no caso de uma demanda judicial.
Para que se configure a responsabilidade civil do profissional liberal (subjetiva), este deve ter uma conduta culposa por ação ou omissão voluntária, fundada em negligência ou imprudência ou imperícia, e somada à ocorrência de um dano, que tenha nexo causal com a referida conduta.
Pessoa física ou jurídica. A negligência caracteriza-se por inação, descuido, indolência, inércia, passividade. Imprudência, no caso, se configura nas atitudes não justificadas, precipitadas, sem o uso da devida cautela ou prudência. Já a imperícia é a falta de observação das normas, deficiência de conhecimentos técnicos da profissão, despreparo prático. Também a caracteriza a incapacidade para o exercício de determinado ofício, por falta de habilidade ou ausência dos conhecimentos necessários, rudimentares, essenciais à profissão. Tem-se observado atualmente, uma tendência de o cirurgião-dentista constituir Pessoa Jurídica sem qualquer análise mais detalhada dos prós e contras. Muitos convênios ou credenciamentos têm feito a exigência de que o profissional se transforme em Pessoa Jurídica para que possa se manter ou entrar para o quadro de conveniados ou credenciados. Essa é uma exigência que por muitos outros motivos é benéfica à instituição, empresa ou plano de saúde, que necessita do trabalho do cirurgião-dentista, mas nem sempre pode ser conveniente para o profissional, que, na verdade continua atuando da mesma forma anterior, quando era autônomo, mas agora assumindo responsabilidades mais gravosas, próprias de Pessoa Jurídica.